Falar da evolução do mercado de publicidade nesses 25 anos em que a Seven cunhou sua história não seria a mesma coisa sem ouvir quem mais impactou a trajetória da empresa: as pessoas que fazem parte dela.

Em 25 anos, as formas de se fazer publicidade mudaram profundamente. Mas o impacto também abraça outras áreas essenciais para que o core business do negócio flua. É o caso do setor administrativo/financeiro. Leandro Gambeta, que está na Seven há mais de uma década, coordena o setor e avalia: com a digitalização, a velocidade dos processos permite entregas em menor tempo e com mais transparência.

“Antes havia a figura do motoboy, que levava e buscava documentos, havia protocolos de entrega e conta no Correio. Tudo era muito mais complexo de ser controlado, o que fazia com que poucos negócios tivessem, de fato, controle sobre a gestão. Atualmente toda a rotina é digitalizada, bastam poucos minutos para que possamos validar dados com os clientes, transmitir informações. Gerenciar verba tornou-se algo muito mais transparente, o que é essencial para o compliance dos negócios. E esse é um fator de sucesso nesses 25 anos da Seven. A agência sempre teve uma gestão orientada para resultados e organização, sempre atuou de forma muito profissionalizada. Sem isso, seria apenas uma agência correndo o risco de não sobreviver à evolução do mercado”, avalia.

Recentemente a pandemia do novo coronavírus testou a capacidade de adaptação dos negócios e, na publicidade, não foi diferente. Para a Seven, bastaram 48 horas para que todo o time estivesse alocado remotamente, com acesso às informações necessárias à execução do trabalho. "Adaptar-se é a palavra de ordem. Isso nos deu a possibilidade de expandir contratações em home office. E acredito que isso exige nova postura também para o profissional. Ele precisa estar antenado às mudanças e ser flexível para se adaptar ao mercado", comenta.

Quando falamos de futuro, Gambeta não tem dúvidas: “As coisas podem mudar rapidamente, mas sabemos para onde vamos. Temos um bom planejamento estratégico e estamos conscientes da importância de fortalecer e preparar lideranças”.

Mateus Tamborlin, Lucas Pelaez e Pedro Herculano fazem parte do time de Planejamento da Seven e acreditam que hoje temos um desafio diário de enxergar o futuro. Para eles, o espaço de mutação é um dos destaques da área. E entender a jornada do cliente nunca foi tão importante, para causar impactos positivos sobre o relacionamento das marcas com os seus públicos.

“A propaganda sempre funcionou em um modo de interrupção. Você está lá assistindo à TV, e entra um comercial, o vídeo do YouTube é interrompido pelo anúncio de 30 segundos. O modo de apresentação – sendo imposto, de certa forma, ao público – não mudou. O que temos como diferencial atualmente é que vivemos na era dos dados, com a possibilidade de mensurar com muito mais precisão quem é o público-alvo e como agir para atingi-lo de forma mais assertiva, conhecendo seus gostos e sua forma de consumo. A partir daí, temos o desafio de criar conexões que gerem valor. Não basta ter os dados se não soubermos traduzi-los para boas experiências”, diz Mateus.

Outro fator impulsionado pela era dos dados, de acordo com os publicitários, é o crescimento do formato slow content, quando a qualidade do conteúdo produzido supera a velocidade de reprodução. Poder entregar projetos que priorizam pelo conteúdo que engaja, segundo os publicitários, é um fator que marca o novo momento da publicidade. “Nós lidamos com um público muito mais exigente, que já não se contenta com qualquer informação, transmitida de qualquer maneira. Estamos vivendo a era da informação, e ela veio para nos fazer entender que as marcas precisam servir a um propósito real. A bandeira levantada deve ser a mesma praticada e cabe à comunicação transmiti-la de maneira satisfatória”, avalia Lucas.

O propósito, aliás, nunca esteve tão presente em debates da Criação da Seven. Afinal, ele é essencial?

Para os profissionais que ouvimos, sim. Mas desde que esteja atrelado, de fato, às entregas da marca. “O propósito da marca não pode ser apenas discurso, mas também função. Com tantos dados para analisar na hora de se criar uma estratégia de comunicação, o propósito deve ser aquele fator que impacta todo o negócio, que vai além do produto e é transmitido em ações reais”, analisa Pedro.

A nova forma de comunicar, aliás, tem criado marcas que são mais relevantes do que o próprio produto que elas vendem. Uma empresa como a RedBull, por exemplo, ultrapassa a linha de fornecedor de uma bebida, para tornar-se muito maior que isso, sendo um verdadeiro produtor de conteúdo e eventos.

Neste cenário com dados, propósito, novas bandeiras e posicionamento de empresas, qual característica o publicitário deve fortalecer? A resposta é uníssona: adaptabilidade. A melhoria contínua no saber fazer e no modo de entregar soluções está em constante transformação. Hoje é preciso entregar conteúdo relevante, em formatos atraentes para públicos reconhecidos, através da curadoria de dados proporcionados pela digitalização. Saber como falar e com quem falar até pode ser mais fácil, graças ao amplo volume de dados a que o profissional tem acesso. Mas trazer o dinamismo para as peças do cliente, de forma que o modo de interrupção seja amenizado para um modo de complemento de informações, é um diferencial essencial para o sucesso do cliente.

O mercado está mais complexo? Sim. Mas simplificar, afinal, é pasteurizar, quando se tem um universo de possibilidades e onde, cada vez mais, olha-se menos para o crachá e mais para a competência.

Mário Sérgio Ferreira, Anderson Kraisch e Juliano Tejada fazem parte de Criação da Seven. Já Talita Philippi atua no Atendimento da agência. Para eles, a mudança de comportamento do consumidor é fator decisivo para impulsionar um novo momento do mercado publicitário. E acreditam que a própria essência de comunicar – na escrita e nos formatos apresentados – vive uma nova fase.

“Hoje a publicidade pode criar conversas. Conseguimos ouvir melhor o consumidor através do comportamento dele na web e direcionar nosso cliente para melhores soluções de comunicação, a fim de estabelecer boas conversas com seu público-alvo”, diz Juliano.

Nesta nova era de conversas, os especialistas destacam, no entanto, que há uma linha tênue entre democratizar e popularizar. “A popularização de algumas tecnologias pode dar a falsa impressão de que é possível fazer qualquer coisa, de forma rápida e fácil. Mas a qualidade tem um preço. Boas peças publicitárias ainda dependem de ter, por trás, grandes profissionais”, analisa Mário.

Para os especialistas, as novas tecnologias permitem análises mais precisas e maior aproximação do cliente da agência com o seu consumidor. No entanto, tecnologia é diferente de expertise, de saber fazer. Qualidade é, acima de tudo, a união de bons profissionais e boas ideias.

Para Talita, entender e traduzir essa perspectiva para o cliente é um grande desafio. “Quem não está diretamente envolvido com o mercado publicitário nem sempre entende por que algumas produções envolvem alto custo ou mais tempo. Mas o que buscamos é, essencialmente, a qualidade. Porque grandes campanhas causam impactos na vida das pessoas. E chegar a isso exige planejamento e criação consistentes”, comenta.

Anderson complementa: “A essência da marca não pode se perder nessa nova conexão com o consumidor. E, para isso, precisamos focar em iniciativas que gerem cumplicidade com o nosso cliente. Quando ele abraça a ideia, o publicitário tem mais liberdade para criar”.

Embora os profissionais acreditem que não há mais um “ambiente seguro” para o mercado, por causa da rápida transformação, de novas tecnologias e movimentação mercadológica, colocar ideias em diversas frentes dará ao publicitário a chance de expandir a própria atuação. Desaprender deve ser, também, um ato constante. Abrir mão das próprias certezas para evoluir com o mercado vai marcar a trajetória de sucesso dos profissionais do segmento.

As mais de 40 pessoas que compõem a equipe da Seven se destacam pela pluralidade. Além de estarem em locais diversos e serem de regiões geográficas diferentes, a própria diferença de gerações contribui para o desenvolvimento de uma equipe multidisciplinar.

Raquel Ferro e Lincoln Tintel são um bom exemplo. Ambos fazem parte do time de criação da empresa. Enquanto Raquel acumula uma trajetória com experiências em diferentes locais, Lincoln está em seu primeiro emprego em agência. Entrou na Seven depois de pedir para estagiar na empresa durante as férias em outro trabalho e se conectou ao negócio, porque um dos diretores de criação da empresa foi seu professor na graduação.

Raquel e Lincoln têm perspectivas diferentes em relação à carreira e às entregas, mas convergem em pontos que são essenciais para o sucesso de suas entregas: acreditam que a digitalização impulsionou um universo de possibilidades e que a troca entre pessoas com experiências e formações diferentes é um complemento estratégico. “A conversa é fundamental para a troca, e nós estamos aprendendo a fomentá-la no home office”, diz Lincoln.

Raquel destaca que a publicidade também precisa refletir sobre as transformações do mundo. “É um processo contínuo de adequação e troca. Precisamos ser colaborativos para impulsionarmos novas possibilidades e entregas. E o publicitário, em sua essência, precisa ter essa obsessão por aprender”, reforça.

Quando questionados sobre os trabalhos dos quais se orgulham, todos do time da Seven destacam projetos com amplo impacto no público-final. Ou seja: para esses publicitários, ficou claro que impactar a vida das pessoas - causando mudanças de hábitos e de vida - é um marco de sucesso.

Entre as ações que foram destacadas pelo time da Seven estão:

Feirão do Carro Acidentado: realizada em 2010 no principal parque público de Blumenau (SC), a iniciativa feita para o Seterb, órgão de trânsito da cidade, tinha o objetivo de conscientizar a população sobre a importância dos cuidados no trânsito. Quem passou pelo local, além de ver carros e motocicletas estraçalhados, ainda pôde conferir as consequências que afetaram os envolvidos e o motivo do acidente. O público, que saía do ambiente impactado pelas cenas, percebia o peso que a imprudência no trânsito causa. Muitas pessoas saíram do espaço destacando que, a partir de então, iriam repensar seus hábitos ao volante.

Campanha MiniProdígios: realizada para uma marca de moda infantil. O projeto tomou proporções muito maiores do que as delineadas inicialmente. O que era para ser uma campanha tradicional tornou-se um concurso de talentos. Foram mais de 800 inscritos em todo o país, mais de 250 mil votos e, ao final da seleção, três crianças tiveram a oportunidade de se apresentar no palco do SBT. Além da exposição de marca para o cliente, a iniciativa engajou o público e mudou a perspectiva e a rotina das crianças, criando oportunidades para a vida delas.

Ailos – Fazedores: a nova marca da maior cooperativa de crédito do Sul do país foi lançada pela Seven através da campanha Fazedores. Na proposta, rostos de pessoas comuns - cooperados da Central Ailos - estamparam diversos prédios de cidades catarinenses. O impacto causado pela escolha desses rostos chamou a atenção do público e criou proximidade entre a marca e as pessoas, porque elas se identificaram com os personagens da campanha.

Natal Uniasselvi: o emocionante filme produzido pela campanha de Natal da Uniasselvi, que mostra os esforços de uma mãe para garantir a entrada do filho no ensino superior, marcou o time da Seven. Impactou pela produção de alta qualidade, somada ao roteiro que se destacou entre os filmes com melhor performance no YouTube em 2019.